quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Vida e Obra de Almeida Garret

Ficheiro:Almeida Garrett.jpg
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu com o nome de João Leitão da Silva no Porto a 4 de fevereiro de 1799, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett, selador-mor da Alfândega do Porto, e Ana Augusta de Almeida Leitão. Passou a sua infância, altura em que alterou o seu nome para João Baptista da Silva Leitão, acrescentando o sobrenome Baptdo Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em Gaia". No período de sua adolescência foi viver para os Açores, na ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio, D. Alexandre, bispo deAngra.
  • 1819 Lucrécia
  • 1822 O Toucador
  • 1825 Camões
  • 1826 Dona Branca
  • 1828 Adozinda
  • 1829 Lírica de João MínimoDa Educação (ensaio)
  • 1830 Portugal na Balança da Europa (ensaio)
  • 1838 Um Auto de Gil Vicente
  • 1841 O Alfageme de Santarém (1842 segundo algumas fontes)
  • 1843 Romanceiro e Cancioneiro Geral -  Frei Luís de Sousa (representação)
  • 1845 O Arco de Sant'Ana - tomo 1; Flores sem fruto
  • 1846 Viagens na minha terraD. Filipa de Vilhena (inclui Falar Verdade a Mentir e Tio Simplício)
  • 1848 As profecias do BandarraUm Noivado no DafundoA sobrinha do Marquês
  • 1849 Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira
  • 1850 O Arco de Sant'Ana - tomo 2;
  • 1851 Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomos 2 e 3
  • 1853 Folhas Caídas
  • 1871 Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas (antologia póstuma)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Romantismo


 
Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.
Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos deescapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.
O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.
O Romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

As características e origem do texto dramático

O texto dramático é escrito para ser representado. Normalmente não tem narrador e predomina o discurso na segunda pessoa.
É composto por dois tipos de texto:
1- Texto principal, que corresponde às falas dosactores.
 É composto por:
• Monólogo – uma personagem, falando consigo mesma,expõe perante o público os seus pensamentos e/ousentimentos;
• Diálogo – falas entre duas ou mais personagens;
• Apartes – comentários de uma personagem para opúblico, pressupondo que não são ouvidos pelo seuinterlocutor. 
2- Texto secundário consiste nas didascálias, ou indicações cénicas) que se destina ao leitor, ao encenador da peça ou aos actores.
O texto secundário é composto:
- pela listagem inicial das personagens;
- pela indicação do nome das personagens no início decada fala;
- pelas informações sobre a estrutura externa da peça(divisão em actos, cenas ou quadros);

 Estrutura interna – uma peça de teatro divide-se em Exposição – apresentação das personagens e dos antecedentes da acção. Conflito – conjunto de peripécias que fazem a acção progredir. Desenlace – desfecho da acção dramática.

Estrutura externa o teatro tradicional e clássico pressupunha divisões em ACTOS, correspondentes à mudança de cenários, e em CENAS , equivalentes à mudança de personagens em cena


  















domingo, 15 de dezembro de 2013

Classificação da Obra

Excertos de "Memoria ao Conservatório Real"
















Características da tragédia clássica e do drama romântico em Frei Luís de Sousa











sábado, 14 de dezembro de 2013

Batalha de Alcácer Quibir e D. Sebastião

Batalha de Alcácer Quibir 


O dia 4 de Agosto marca o maior desastre da história militar portuguesa, não só pelo número de militares envolvidos mas também pelas consequências trágicas que teve. A batalha de Alcácer Quibir (ou batalha dos três reis) marca o principio do fim da II dinastia portuguesa e do período do império português da Índia e é o prenuncio de um período de 60 anos em que o reino de Portugal foi governado por um monarca estrangeiro.Tendo sido decidido atacar o norte de África para tentar aliviar a pressão que se fazia sentir sobre as fortalezas portuguesas, começou a formar-se um exército sem grande pressa o qual era constituída por um total de 17.000 homens, dos quais 5.000 eram mercenários estrangeiros. A armada parte de Lisboa a 25 de Junho de 1578, faz escala em Cadiz e aporta a Tanger, seguindo depois para Arzila.Aqui é cometido o primeiro erro crasso, pois a tropa é mandada seguir a pé de Arzila para Larache, quando o percurso poderia ser feito por via marítima.
Dom Sebastião 





D. Sebastião I de Portugal (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554 — Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578) foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis, mais tarde nomeado O Encoberto ou O Adormecido. Foi o sétimo rei da Dinastia de Avis, neto do rei João III de quem herdou o trono com apenas três anos. A regência foi assegurada pela sua avó Catarina da Áustria e pelo Cardeal Henrique de Évora.
Aos 14 anos assumiu a governação manifestando grande fervor religioso e militar. Solicitado a cessar as ameaças às costas portuguesas e motivado a reviver as glórias do passado, decidiu a montar um esforço militar em Marrocos, planeando uma cruzada após Mulei Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono. A derrota portuguesa na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 levou ao desaparecimento de D. Sebastião em combate e da nata da nobreza, iniciando a crise dinástica de 1580 que levou à perda da independência para a dinastia Filipina e ao nascimento do mito do Sebastianismo.
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terça-feira, 15 de outubro de 2013

A NOSSA APRESENTAÇÃO

BLOGUE DE PORTUGUÊS   11º ANO TURMA F          Rita Paixão e Teresa Falca



Olá, sejam muito bem-vindos ao nosso blogue!
Nós somos a Rita e a Teresa. Estamos a realizar o nosso percurso escolar na Escola secundária com 3º ciclo D. Manuel I, em Beja. As nossas idades são diferentes, pois a Rita tem 17 anos e a Teresa 16 anos. Ambas somos da mesma turma e frequentamos o mesmo curso.






Olá, eu sou a Rita Paixão, estou a frequentar o Curso Técnico Profissional de Gestão de Empresas, no 2º ano. As disciplinas a que eu me dedico mais são o Português e a Matemática.
Os meus hobbies são ler, ir ao cinema e estar com as minhas amigas. Gosto muito de ajudar os meus pais no nosso turismo, projeto que é a concretização de um dos sonhos dos meus pais.





                              






Olá. E eu sou a Teresa, também estou no Curso de Gestão de Empresas. 
 


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vida e obra de Padre Antonio Viera


Biografia de António Vieira

António Vieira (1608-1697) foi um religioso, escritor e orador português. Defendeu a liberdade religiosa, Entrou para a Companhia de Jesus e ainda noviço foi indicado para redigir a carta.
António Vieira (1608-1697) nasceu em Lisboa, na rua do Cónego, próximo a Sé, no dia 6 de fevereiro de 1608. Filho de Cristóvão Vieira Ravasco e Maria de Azevedo. Seu pai era escrivão da inquisição e foi nomeado para o cargo de escrivão em Salvador e só em 1614 sua família veio para o Brasil. António Viera tinha 6 anos na época.
Foi no Colégio dos Jesuítas, em Salvador, o único na época, que António Vieira estudou. Em 1623 descobriu a vocação para o sacerdócio e entrou para a Companhia de Jesus.
António Vieira, passou a estudante de teologia. Fez curso de lógica, física, economia e matemática. Em 1627, começou a dar aulas de retórica em Olinda. Em 1633, iniciou as  suas pregações, visitando as aldeias indígenas, próximas da cidade. No ano seguinte, ordena-se sacerdote e, em 1638, passou a dar aulas de teologia.  Defende a colônia, revolta-se contra a escravidão e luta pela expulsão dos holandeses em Pernambuco.
Em fevereiro de 1641, António Vieira parte para Lisboa.  Em seus sermões procura apoio para o rei, diante de uma reunião com os representantes do povo, a nobreza e o clero, onde se votariam os tributos para a continuação da guerra com a Espanha.
Inicia-se em Portugal nessa época, uma disputa entre jesuítas e dominicanos. Os jesuítas propagavam a fé através da catequese, enquanto os dominicanos se propunham a defendê-la organizando os tribunais da Inquisição. António Vieira propõe paz aos judeus e o seu regresso para Portugal. 
António Vieira foi nomeado embaixador para negociar a paz com a Holanda, que recusava todas as propostas para se retirar de Pernambuco. Viaja para Paris e, em seguida, para Holanda. De volta ao Brasil, segue para o Maranhão com o objetivo de libertar os índios injustamente cativos. Em 1661, foi expulso do Maranhão, pelos senhores de escravos que não aceitavam sua ideias. Voltou para Lisboa onde foi preso pela inquisição, que o acusou de heresia. Amnistiado em 1669, viajou para Roma, quando foi absolvido pelo Papa em 1675.
Padre António Vieira abandonou definitivamente a Corte, voltou para Baía, onde, entre os anos de 1681 e 1694, dedicou-se a ordenar seus sermões para transformá-los em livros. Doente e quase cego, fez suas últimas pregações. Deixou mais de 200 sermões e 700 cartas.Padre António Vieira morreu em Salvador, Baia, no dia 17 de junho de 1697.

Obras de António Vieira

Sermão da Sexagenária
Sermão de Santo Antônio aos Peixes
Sermão do Mandato
Sermão de São Pedro

Fontes:

http://www.e-biografias.net/antonio_vieira/





O que é um portefólio ?


O portefólio é uma coleção de todo o trabalho em curso na organização relacionado com o alcance dos objetivos do acordo. Toda a organização tem um portefólio, mesmo que não reconheça especificamente. Consiste nos trabalhos que estão em curso na empresa, estejam estes trabalhos relacionados de alguma forma entre si ou não. Algumas organizações têm portefólios separados por departamentos..


O portefólio escolar, que é um sistema de registos muito desenvolvido na área da educação, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de todos alunos. É um registo muito importante porque faz com que pais e professores acompanhem o desenvolvimento das crianças, para poder controlar e verificar os conhecimentos adquiridos.


Fontes : http://www.significados.com.br/portfolio/
               http://pt.wikipedia.org/wiki/Portf%C3%B3lio
Barroco 

Barroco é um termo que deriva do francês "baroque " e que permite fazer alusão a um movimento cultural e estilo artístico desenvolvido entre o século XVII e meados do século XVIII.
 Esse estilo abrangeu diversos ramos (a arquitectura, a pintura, a música, a literatura, etc.) e caracterizou-se pela ornamentação excessiva.
O barroco, sucedeu o renascimento. Começou a tornar-se popular em Itália e propagou-se logo até ao resto da Europa. O conceito de barroco foi assim alcunhado pelos seus críticos e foi usado em princípio com sentido  para em fazer alusão à desmedida desses artistas.

No âmbito da pintura, o estilo barroco está associado ao absolutismo e ao renascimento católico, o barroco foi uma reacção da igreja aos progressos da ciência.


Uma pintura do estilo Barroco " As Meninas" 





"La Familia de Felipe IV"  ou "Las Meninas"
Óleo sobre tela: 3,18 x 2,76 mts.
Pintura Espanhola (Século XVII)
Diego Velásquez

Sermão de Santo António aos Peixes Louvores

Capítulo I

No capítulo I fica-se a conhecer o conceito predicável (VOS ESTIS SAL TERRAE),"Vós Sois o Sal da Terra". Este conceito vai ser encaminhador para todo o sermão (alegórico). O sal representa a palavra de Deus e terra significa os Homens que habitam na terra. O efeito do Sal é preservar o bem e impedir a corrupção. Padre António Vieira faz ainda referência a Cristo Senhor para reforçar e dar credibilidade às suas palavras.

Capítulo III

  • Peixe de Tobias
    • Cura a cegueira
"(...) sendo o pai de Tobias cego, aplicando-lhe o filho aos olhos um pequeno do fel, cobrou inteiramente a vista;"
    • Expulsa os demónios
"(...) tendo um demónio chamado Asmodeu morto sete maridos a Sara, casou com ela o mesmo Tobias; e queimando na casa parte do coração, fugiu dali o demónio e nunca mais tornou;"
  • Rémora
Um peixe pequeno mas tem muita força. Representa a força da palavra de Santo Antonio.
    • fraqueza e nada com que luz
"(...) se se pega ao leme de uma nau da índia (...) a prende e amarra mais que as mesmas âncoras, sem se poder mover, nem ir por diante."
"Oh se houvera uma rémora na terra, que tivesse tanta força como a do mar, que menos perigos haveria na vida, e que menos naufrágios no mundo!"
"(...) a virtude da rémora, a qual, pegada ao leme da nau, é freio da nau e leme do leme"
    • Apenas é comparável à língua de Santo António, que serve de guia às pessoas.

  • Torpedo
Peixe que faz descargas eléctricas para se defender. Representa a conversão.
    • Faz abanar, faz passar a dout, o bom e a virgindade do Espírito Santo
"Está o pescador com a cana na mão, o anzol no fundo e a bóia sobre a água, e em lhe picando na isca o torpedo, começa a lhe tremer o braço. Pode haver maior, mais breve e mais admirável efeito? De maneira que, num momento, passa a virtude do peixezinho, da boca ao anzol, do anzol, à linha, da linha à cana e da cana ao braço do pescador"
    • Faz t(r)emer os pe(s)cadores
  • Quatro Olhos
Vê para cima e para baixo. Representa a capacidade de distinguir o bem do mal (céu/inferno).
    • Vigilânciaprovidência
"Esta é a pregação que me fez aquele peixezinho, ensinando-me que, se tenho fé e uso da razão, só devo olhar direitamente para cima, e só direitamente para baixo: para cima, considerando que há Céu, e para baixo, lembrando-me que há Inferno" (Senão por amor a Deus (cima), então, por repúdio ao inferno (baixo))

FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Serm%C3%A3o_de_Santo_Ant%C3%B3nio_aos_Peixes

Estrutra do Sermão



Estrutura externa




  1. Exórdio - capitulo I - apresentação do tema que vai ser tratado no sermão, a partir do conceito predicável e das ideias a defender e que, geralmente, termina com uma breve oração, invocando a Virgem. Esta parte reveste-se de grande importância dado que é o primeiro passo para captar a tenção e benevolência dos ouvintes. 



  2. Exposição e confirmação -

    capítulos II a V - Retoma a explicitação do assunto, com uma breve explicação da organização do discurso; desenvolvimento e enumeração dos argumentos, contra-argumentos, seguidos de exemplos e/ou citações. A exposição situa-se desde o início do capítulo II até «… Santo António abria a sua [boca] contra os que não se queriam lavar.», no capítulo III; e a confirmação começa a partir de » Ah moradores do Maranhão, enquanto eu vos pudera agora dizer neste caso!» e termina no final do capítulo V.



  3. Peroração (ou epílogo) - capítulo VI - conclusão do raciocínio com destaque para os argumentos mais importantes. Saliente-se que esta é a parte que a memória dos ouvintes melhor retém, pelo que deverá conter os aspectos principais desenvolvidos no sermão, de modo a deixar clara a mensagem veiculada e a levar os ouvintes a pôr em prática os seus ensinamentos.


    Estrutura interna:


    1. Exórdio
    • apresentação do tema, a partir do conceito predicável: «Vos estis sal terrae.» ( Vós sois o sal da terra»);
    • louvor elogioso a Santo António: « Santo António foi sal da Terra e sal do mar»;
    • invocação à Virgem Maria: »Maria, quer dizer, domina maris: Senhora do mar: […]espero que não me falte a costumada graça. Avé Maria»




    Exposição e confirmação

    • retoma do assunto e explicação da organização do sermão;
    • referência às obrigações do sal;


    • louvores ao peixes:
      - em geral:
      ouvem e não falam;

      foram os primeiros seres que Deus criou;

      são em maior número;

      são melhores que os homens;

      revelaram obediência, respeito e devoção; 

      não se deixaram domesticar.

      -em particular: 
      aos roncadores;

      aos pegadores;

      aos voadores;

      aos polvos.



      Peroração 



      • elevação dos peixes - estão acima dos outros animais e até do próprio pregador (vieira);
    louvores a Deus - hino benedicite.